Nova Cirurgia de Hemorróidas (THD)

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17/05/2017

Artigos

A doença hemorroidária é a dilatação das veias localizadas no ânus. É extremamente, comum, estima-se que 50% da população acima de 50 anos deve apresentar sintomas da doença hemorroidária em algum momento da sua vida.

Os sintomas mais comuns são desconforto, dor, sangramento e prolapso; geralmente, ocorrem durante a defecação. Pode ocorrer prurido (coceira) e secreção (umidade) nas roupas íntimas.

A postura ereta característica da raça humana, influencia aumentando a pressão nas veias do ânus. Fatores, tais como: constipação intestinal, defecação difícil, uso crônico de laxativos, dieta pobre em fibras, verduras e legumes; longos períodos sentado no banheiro, gravidez, além de rotinas profissionais ou esportivas, podem ainda aumentar mais esta pressão dentro das veias, o que as leva a dilatar. A herança genética (história familiar) também é um fator importante para o desenvolvimento de hemorroidas.

As hemorroidas classificam-se em internas e externas, separadas pela linha pectínea (linha que separa a mucosa e a pele do canal anal).

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As hemorroidas internas dividem-se em quatro graus, conforme a figura abaixo:

TRATAMENTO  

Nos níveis iniciais da doença, é possível o tratamento clínico, associado a higienização e dieta rica em fibras. Nos níveis mais avançados, é necessário o tratamento cirúrgico, sempre após correto diagnóstico médico. A saída, neste caso é a retirada das hemorroidas. A cirurgia tradicional, realizada desde 1937 por Milligan-Morgan resolve o problema, mas cobra um preço: uma recuperação penosa, com dor pós-operatória importante.

Foram necessárias mais de 7 décadas para que fossem desenvolvidas novas técnicas para o tratamento cirúrgico da doença hemorroidária.

Entre os tratamentos cirúrgicos mais eficazes está a técnica de Desarterialização Hemorroidária Transanal (THD) guiada por Doppler também conhecida por Cirurgia Minimamente Invasiva das Hemorróidas, que consiste na identificação das artérias com hiperfluxo e “estrangulamento” das mesmas através de pontos de sutura (fechamento das artérias com fios cirúrgicos para impedir o fluxo de sangue). Este procedimento é bastante simples e pode ser realizado em poucos minutos por um cirurgião experiente. A recuperação do paciente é muito rápida e em poucos dias ele estará apto a voltar à sua rotina normal.

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